Ressaca
A fase pós-olímpica é a mais difícil para qualquer pessoa envolvida com a natação. Para atletas, treinadores, mídia, clubes, patrocinadores, federações, espectadores… É o período onde mudanças drásticas acontecem em paralelo à ressaca deixada pelo maior evento esportivo do mundo. Quando o resultado não atinge às expectativas, esse período é ainda mais doloroso aqui no Brasil.
Por mais que a teoria diga que um novo ciclo olímpico se inicia no dia seguinte ao que acabam as Olimpíadas, na prática a coisa é bem diferente.
Clubes e federações cortam investimentos. Assim como a maioria dos contratos com os patrocinadores se encerram (a não ser quando se ganha uma medalha). A mídia ainda tenta gastar um resto de assunto por poucas semanas e espectadores voltam à sua rotina.
Atletas repensam planejamento com os treinadores. Alguns mudam de esporte, outros vão mais além e repensam o que querem da vida. Atletas que não competiram os Jogos Olímpicos também sabem que serão atingidos de alguma forma. Tratando-se das Olimpíadas que fomos sede, então, o impacto será gigantesco. Todo o investimento feito no último ciclo cairá (se não é que acabará) drasticamente.
Somado a isso, escândalo de corrupção na Confederação. Confederação que pode ter uma nova gestão após 3 décadas, ainda este ano.
A natação brasileira está em fase de baixa, mas principalmente em fase de mudanças. A mudança é necessária e oportuna. A baixa talvez também seja.
Enquanto isso, recuperamos nosso fôlego para um novo ciclo. Estamos otimistas por esse recomeço, a ressaca acabou.
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